terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Educação Popular: um projeto político e social em construção no Brasil e na América Latina – Um outro mundo é possível!

IX Frepop – VI Internacional
Educação Popular: um projeto político e social em construção no Brasil e na América Latina – Um outro mundo é possível!

A principal característica da Educação Popular é utilizar o saber da comunidade como matéria prima para o ensino. É aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir dele. A Educação Popular visa a transformação social através da aquisição do conhecimento. É o sujeito situando-se políticamente no contexto dos interesses.

            A recente crise do capitalismo ainda tem demonstrado que não cessou. Somada a crise do trabalho assalariado, desnuda de vez a promessa do capitalismo de transformar a tudo e a todos/as em mercadorias, onde o mercado seria o espaço de solução dos problemas sociais e estruturais da sociedade moderna. Milhões de trabalhadores/as são excluídos dos seus empregos, amplia-se cada vez o trabalho precário, retirasse direitos garantidos em décadas de lutas na Europa do pós-guerra ao mesmo tempo em que na America Latina se abrem espaços para lutas sociais para a garantia e ampliação de direitos. Hoje, apesar de parcela significativa da força de trabalho ter melhorado sua renda, ainda há perto de 50% da força de trabalho ativa sobrevivendo à margem das relações de proteção previdenciária e milhões de pessoas sobrevivendo dos programas de renda mínima do governo federal, que apesar de direito, devem ser encarados como transitórios.

            O recente período histórico do Brasil e da América Latina inspirou relações sociais sob a égide dos valores da cooperação e da solidariedade, ampliando o espectro de ação política de movimentos com características de solidariedade e sustentabilidade. São práticas fundadas em relações de colaboração solidária e de ação política para a disputa de espaços as suas demandas, tanto no contexto do Estado quando nas relações sociais mais abrangentes.
           
Ao mesmo tempo, incontáveis redes sociais com histórica trajetória na educação popular despertaram setores antes adormecidos para ocupar espaço na política e na organização social, como sujeito de direitos e de esperanças, atuam por meio de políticas públicas como sujeitos autônomos, mostrando que o Estado quando abre espaço, a sociedade organizada deve ocupá-lo não para ser correia de transmissão de projetos de poder das elites, mas, para disputar dentro dos marcos da democracia o seu projeto de poder. São redes sociais de educação popular que atuam para a consolidação dos setores da saúde popular, educação popular, educação no campo, dos pescadores, indígenas, parteiras, gênero, juventude, pela igualdade racial, por mais e melhores condições de vida na cidade e no campo, mas, para uma cidadania ativa, de atuação política e social, que constrói um país e uma nação para o futuro.

O mesmo ocorre desde a última década nos países vizinhos ao Brasil, com tradições históricas sociais distintas, mas, com a vocação de se apresentar diante do mundo antes colonizador, como países que querem viver sua autodeterminação histórica de fato e de direito, a partir das mãos de seu povo e pela construção da democracia como valor humano que não quer promover a guerra como solução para rupturas históricas

            Propondo configurar-se neste cenário de mudança e de transformação no início da segunda decada deste século o IX FÓRUM REGIONAL DE EDUCAÇÃO POPULAR DO OESTE PAULISTA (IX FREPOP) – VI Internacional que se realizará em Lins/SP, entre os dias 19 e 23 de julho de 2011, pretende aliar-se às redes de educação popular espalhadas pelo Brasil e pelo continente latino americano oferecendo seu espaço ao debate em torno do tema central: Educação Popular: um projeto político e social em construção no Brasil e na América Latina – Um outro mundo é possível!

Os temas eixos para as inscrições das mesas, rodas de conversa, painéis e oficinas, estão sendo propostos da seguinte forma: a) Combatendo a violência; b) Construindo a Economia Popular: solidária e autogestionária; c) Resistindo e re-significando nas comunidades: originárias, quilombolas e camponesas; d) Articulando as redes de informação para a organização social; e) Promovendo a sustentabilidade alternativa do meio-ambiente; f) Conquistas e lutas da mulher na sociedade; g) Infância, Adolescência e Juventude: construções e desconstruções; h) Organizando a Educação Popular como política pública na saúde, na educação, no campo, na cidade, nas comunidades originárias, quilombolas e camponesas.

Estão condidados a construir este FREPOP 2011 os diversos movimentos em foco no país, no contientente Latino Americano e nos demais contientes, para que se cambiem esperanças e experiências que já estão se fazendo, nas esferas da econômia solidária e autogestionária, no ambiente do conhecimento hunano que se faz e refaz todos os dias na luta social, nas várias esferas da vida e na dimensão da cultura popular que dá coesão a um povo, e entre os povos, para que se abram janelas à um outro mundo possível.

Marcio Cruz
Presidente ONG FREPOP

Um comentário:

  1. BElo espaço, belo post, PARABÉNS!!!

    Acompanhe meu trabalho...
    http://mailsonfurtado.com

    Grato desde já!

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