domingo, 10 de abril de 2011

Na Cidade do México

Dia 10 de abril. Na cidade do México são 22h10, com o fuso horário de duas horas a menos que no Brasil onde são 0h24. Depois de desembarcar no Aeroporto Internacional da Cidade do México - Benito Juarez, peguei um táxi para o hotel que fica no Centro Histórico da cidade. No trajeto o mesmo de sempre. Não importa em qual grande cidade nos encontramos no Ocidente a pobreza e a riqueza têm o mesmo aspecto.

Logo no saguão do aeroporto, dois homens limpavam enormes vidros que emparedavam a sala da imigração. Não tinham aspecto agradável. Sua aparência contrastava com os Mexicanos que desembarcavam comigo, vindos do Brasil. Aparentemente homens e mulheres de negócio ou turistas. Talvez algum estudante, ou pessoas de Estado, mesmo assim, um abismo aparente entre os viajantes e aqueles que metodicamente limpavam os vidros já transparentes do imenso aeroporto.

No trajeto do táxi, carros velhos e novos. Edifícios luminosos e outros opacos que não guardavam qualquer lembrança com o século XXI, mas habitado por pessoas deste tempo. Se parecem muito com as habitações populares das grandes cidades do Brasil, que mais se parecem caixotes de guardar gente.

Amanhã pretendo conhecer um pouco da lembrança que este lugar guarda (o Centro Histórico da Cidade do México) da revolução que marcou o México no início do século passado (1910). Aparentemente, como já disse Fidel, muitas vitórias por independência, criaram outro tipo de colonialismo, o mesmo que vivíamos (ou ainda vivemos?) no Brasil, o colonialismo econômico, nova forma de dominação capitalista, que transforma os pobres e os ricos de qualquer parte do mundo Ocidental com o mesmo aspecto.

Perdoem os leitores o tom quase melancólico de desabafo, mas na viagem quase li de uma única vez, o livro Fidel e Che, uma amizade revolucionaria (Simon Reid-Henr, Ed. Globo, 2010) que ganhei dos meus amigos Augusto (Gugu) e Fabiana. A narrativa desta amizade faz com que o filtro de meus olhos sejam o da minha classe olhando a profunda desigualdade promovida por este estagio do capitalismo.

Vamos ver o quanto meu espírito se apresenta no resto da viagem....

Buenas Noche!

Um comentário:

  1. Não deixe de conhecer as pirâmides que ficam nos arredores da Cidade do México... embora elas tenham sido construídas há centenas de anos atrás em função do trabalho escravo decorrente do império Maia... putz... essa humanidade é mesmo uma merda!

    ResponderExcluir