terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Brasil é um pais jovem

Esta foi a frase que mais ouvi na viagem que fiz a Pádova-Itália pelo programa Escolas-Irmãs. Aos olhos da Europa somos um país jovem, com pouco país de 500 anos comparando com a cultura milenar européia. Naquele continente surgiu a democracia grega, a matemática de Galileu e a arquitetura admirável do período Greco Romano.

No continente Latino Americano foi suplantado pelo período da colonização um riquíssimo conhecimento humano comparado a grandeza arquitetônica dos povos do ocidente e com complexa relação social e política.

O império Inca é um bom exemplo. Incluía do extremo do Equador e o sul da Colômbia, o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A capital do império, atual cidade de Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"). No território brasileiro se estima que no ano de 1500, haviam mais de cinco milhões de indígenas e mais de mil povos com uma complexa organização social, domínio da natureza, arquitetura nômade e combatividade guerreira. Nada de primitivo no sentido pejorativo eurocêntrico.

Comparando os continentes, nossa formação como povo se deu: primeiro pelos colonizadores com a resistência e extermínio de povos originários e a escravidão de povos da áfrica, depois pelas elites dos estados nacionais em expansão do modelo capitalista na imigração e, agora, temos a oportunidade histórica de nos reinventarmos como um povo singular entre os povos numa particularidade que remete ao futuro, mais que ao passado.

Este o espírito de intercambio que acreditamos ser frutífero os/as educadores/as gestores/as, crianças e jovens europeus, brasileiros e Latino Americanos no intercâmbio promovido pelo Programa Escolas-Irmãs. O presidente Lula tem dito que somos o continente e a nação do futuro, não para nos tornarmos iguais. Precisamos aprender juntos que é possível promover a sociedade humana com respeito a auto determinação dos povos, com sustentabilidade ambiental, desenvolvimento econômico, igualdade de oportunidades e justiça social. Precisamos fazer diferente e pavimentar a história para que as novas gerações não sejam subjugadas por aquilo que não tem.

M.

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